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terça-feira, 23 de março de 2010

Não tem preço....


Que nosso sistema mercantiliza tudo, todos sabemos e usufrímos de tal processo de desumanização. Agora eu não tinha noção do quanto o uso de cartão de crédito ou débito faz parte de um banco de dados que pode em 20 dias decifrar coisas importantes de sua vida para os credores, inclusive se vc está prestes a se divorciar. Não é minha imaginação fértil, li numa revista científica, comprada por um cartão de débito em uma banca de revistas numa esquina qualquer.
Cada vez q. a praticidade da máquina “facilita” sua vida, uma bateria de informações é repassada e armazenada; daí bancos e credenciadoras através de programas de computador estabelecem critérios de julgamento da sua capacidade de compra, o que vc compra, onde compra, se abastece próximo do trabalho, viagens, seu poder aquisitivo, já sabem até q. se vc muda de supermercado pode estar tendo problemas financeiros.
Divórcio para os credores é algo ruim, logicamente não por uma preocupação social, mas é um mau negócio, pois de acordo com as estatísticas, a separação desestrutura a vida financeira das pessoas e deixa o mercado mais sujeito a calotes. Neste sentido, eles podem prever se em 2 anos, com grau de acerto de 98% e de acordo com os padrões de compras se ocorrerá divórcio.Se vc anda pulando a cerca é possível que seu cartão de crédito não tenha aumento de crédito enquanto vc não ficar ciente que sua inconseqüência poderá futuramente prejudicar o mercado financeiro.
Quando leio estas coisas me sinto no filme matrix, só que com um nível de exposição e manipulação superior a capacidade de batalha do belo Keanu Reeves.
Segundo um neuroeconomista,outra "facilidade" que o uso do cartão oferece é que ele distorce a competição entre as partes do nosso cérebro.Assim,a empolgação da compra não é afetada pelo pagamento em dinheiro;nem parece que estamos ou vamos pagar.Basta esconder os tíquetes amarelos ou azuis no fundo da carteira,ainda que a fatura nos lembre daquela lei básica: toda ação gera uma reação em sentido contrário.Quer dizer,alegria na compra,dores com fatura.É isso que o cinismo da publicidade anuncia:não tem preço.

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