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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Tenho trabalhado às tardes na construção da minha tese. Entre as leituras e tentativas de escrita e as tantas vontades de fuga me ocorreu de criar uma página de anti-agradecimentos. Assim se a tese não alcançar a exigência de alguma novidade, pelo menos estarei inaugurando algo. Aqui já ensaio alguns que sei irão constar:

Anti-agradecimentos( até lá descubro se tem este hífen)
- em primeiro quero culpar a causalidade ou no popular a dura realidade que não me poupa de acontecimentos que me tiraram do eixo e da concentração;
- culpo tb a causalidade da minha orientadora que sempre passou por cima de sua boa intenção de orientar;
- a mãe do cão, vulgo preguiça,que me persegue desde a infância;
- aos companheiros do sindicato(estes estarão nas duas páginas- agradecimentos( pelo apoio) e anti-agradeci.( pelo trabalho que só a militância sabe ter), tendo em vista a fundamentação dialétia da tese;
- a algumas introduções de livro que te empolgam pra ler o livro inteiro, até vc descobrir que o início era tudo e o fim;
-a minha primeira(espero que única)batida de carro; foi especial:um minuto de distração, avanço da preferencial, acertei em cheio: as duas portas de um taxi saído há 15 dias da concessionária( portanto ainda sem seguro)...e minha conta do banco;poderia ter me causado um trauma de não mais pensar na pesquisa enquanto dirijo,principalmente pelos labirintos do Montese;
-aos que sempre fazem a pergunta que não quer calar: e a tese????
-aos convites pra sair qdo vc trai sofrendo seu fiel computador e aquela pasta querida da tese;
-não poderia deixar de mencionar a impressora que sempre falha nas horas mais apropriadas;
- a todos que tentaram impedir minha produtividade...um grande e profundo anti-agradecimento;

domingo, 9 de janeiro de 2011

Qdo aprendi a ler nas revistas em quadrinhos nunca entendia minha empatia com Madame MIM e Maga Patológica da Disney,minhas personagens prediletas. Além das bruxarias contra aquelo velho Patinhas razinza e capitalista, ainda tinham os elogios das mesmas aos dias nublados. Pra mim são os melhores dias, os mais românticos, os que parecem te dizer: não te preocupas com nada... te aconchega apenas...um dia de cada vez....são lentos, doces, o som da chuva, a leitura despretensiosa e preguiçosa na rede...recorda-me então o doce banho de chuva na infância, correr pelo bairro,recolher tanajuras, sensação de liberdade.... por isso não gostava do arco-íris, pra mim não como reza a lenda: uma aliança entre Deus e os homens,mas o fim do meu dia ideal. Estranhamente os dias de sol são mais melancólicos pra mim pq me lembram da urgência da vida, o calor e uma certa agonia, pressa e objetividade. O sol é pretensioso e ainda é protagonista das frases mais patéticas de auto-ajuda destas de obviedade duvidosa, estilo o sol nasce pra todos...não é a toa que o sol recebeu a vaia do povo mais moleque do Brasil em plena praça do Ferreira...como ousar aparecer depois de tantos dias sem chuva no nosso Ceará?

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Aprendizados

Algumas vezes me vem a força dura da desilusão. Uma rebeldia sobre as intencionalidades alheias, às favas com o outro... necessária auto-afirmação pela negação daquilo que não me pertence, não fui que fiz,não é culpa minha. Difícil isso para as mulheres que carregam o mundo e suas culpas nas costas, deformação que legitima o medo, as desigualdades e as religiões. Cada dia acredito mais nos atos, menos nas palavras...difícil e inevitável aprendizado! Não busco uma pureza, sei das contradições, mas aprendi com uma amiga que há princípios e dentre eles o inegociável!

sábado, 1 de janeiro de 2011

"Começar de novo e contar comigo...vai valer a pena ter amanhecido, ter me rebelado, ter sobrevivido..."