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domingo, 20 de março de 2011

Pessoas, esperas e caixas eletrônicos


Vc está atrasado, mas tem que pagar aquela conta impreterivelmente e sua única opção é enfrentar uma fila quilométrica. Então tá...Mais do que o tamanho da fila, vc tem que assistir nervosa a relação particular de vários seres com uma máquina. Tem de todo o naipe. Tem o metódico - aquele que confere rigorosamente o saldo, leva um certo tempo pra assimilar o que tem na própria conta, faz um saque e depois cauteloso confere novamente o saldo pra saber o que restou depois do saque. Ainda que atencioso deve ter se ausentado das aulas de matemática: saldo restante= saldo inicial- saque efetuado.
Tem o centro do universo- ele traz desde a conta de luz até o plano veterinário pra pagar na máquina de uma só vez na mesma hora. Tem o inocente que chama alguém para digitar a própria senha. Tem o esperançoso: que não acredita no primeiro saldo e tenta várias vezes para saber se na conta de repente não apareceu algo ou a conta não aumentou. Tem o despercebido que traz cartão da caixa econômica e tentar encaixar a todo custo no caixa do Itaú. Tem o incrédulo: tinha certeza que o dinheiro tava na conta, mas balança a cabeça pq não acredita naquele saldo. Tem o nervoso: chateado com morosidade da máquina, emite chutes contra a coitada. Tem o inconveniente: vc é o próximo da fila e ela aparece grávida ou com mais de 65 anos.
Tem ainda uns que tem cabelo com efeito especial: a máquina rejeita o cartão e ele fica tentando “amolar” o mesmo no cabelo para garantir a operação. Tem o gaiato que está na sua frente, pede uma licença estilo volto já e vai conferir as liquidações das lojas do shopping enquanto vc “guarda” o lugar dele. Tem o apressadinho prestativo que só falta vestir a camisa do banco: Posso lhe ajudar? : ao menor sinal de que vc não manipula bem a máquina ele já tá lá pra te orientar.Tem o envergonhado que só pede ajuda depois que fingiu por um bom tempo saber manipular a maldita máquina.
E tem eu na TPM observando com caras e bocas, as pessoas, caixas e esperas.

sábado, 19 de março de 2011

Por conta de mil atividades, há dias que não passo por aqui. Enquanto tento passear pelos blogs que sigo, Sandra ao tempo que limpa o quarto fala pelos cotovelos e em particular de suas aventuras amorosas. Ela com certeza bebeu água de chocalho como se diz e se fazia no sertão quando a criança tinha dificuldade de falar e soltava o verbo depois de beber a tal da água.As coisas eram mais simples antigamente, hj tenho que pagar uma consulta cara para a fono do meu filho. A maioria dos blogueiros é muito jovem, mas de repente poderiam consultar suas avós e me passar a receita desta tal água de chocalho.

De vez em quando capto algumas falas de Sandra. Acabou de dizer que já na paquera ela avisa logo pro cabra que é braba pro gaiato não se adiantar no serviço. Nem toda mulher é sem-vergonha e tem mulher que não pode ver um homem, vai logo se enxerindo...
Ai, ai...desculpa aí...em particular todas as camaradas que já lutaram pela emancipação feminina...
Vou ali conversar com a Sandra, ela não vai me permitir maiores delongas por aqui.
Ah! Só mais uma coisa: se alguém encontrar a fórmula da água de chocalho, traz tb a contra-fórmula, sei lá, seu antídoto...eu prometo colocar só três gotinhas no café da moça.