Pesquisar este blog

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Não tem jeito: é 31, é virada, é esperança, é possibilidade, é novo começo,é agenda nova, é um novo conjunto de velhas novas metas, é quem sabe sinergia para a luta. Mas caindo na real é pura simbologia, alienação e das mais banais,mas não tem jeito é 31..é virada, é esperança, é possibilidade...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O sagrado no Natal

Natal costuma ser um tempo de consagração de dois elementos: para segurar a tradição e o que resta das consciências temos a velha e quase em desuso solidariedade e o para celebrarmos a expressão máxima das "liberdades individuais" temos o sempre revitalizado consumo. A matéria do jornal O povo que segue coloca em cheque o mov. real destes dois elementos na nossa fortaleza bela, lembrando que acima de Deus e dos homens há a sagrada propriedade privada:

Manifestantes ocupam shopping e são conduzidos para delegacia

Cerca de 150 integrantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) ocuparam um supermercado de um shopping de Fortaleza, na avenida Bezerra de Menezes, na manhã desta quarta-feira, 22.
Ana Virgínia Ferreira, coordenadora do movimento, disse ao O POVO Online que o objetivo da manifestação era exigir cestas básicas para as famílias e criticar o consumismo durante Natal.

Segundo Virgínia, os seguranças do shopping agiram de forma truculenta para retirar o grupo do local, agredindo os integrantes do movimento, inclusive mulheres. Seis manifestantes foram conduzidos ao 1º Distrito Policial, no Monte Castelo.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Uma canja



Renata passeia pela sua rua ao encontro de seus costumeiros afazeres os quais cumpre sem maiores resistências ou sofrimentos. O frio suave da doce e pequena Campina Grande é agasalhado em Renata com proteções nas vestes e no calor de seu doce coração. Um coração insuspeito de gerar suspiros em outrem, dada a decisão de Renata de trancá-lo, ainda que o amargor não o tenha invadido. Revela sua leveza numa eterna disposição pra rir das tragédias e comédias da vida, ainda que seja ela a protagonista.

Naquela tarde foi à padaria e na volta encontrou com um improvável pretendente que quem sabe derreteria o gelo que ocupava momentaneamente seu coração. O dito cujo já um velho conhecido da família, veio decidido e com certeza de que sua precária ocupação de vendedor de vassoura, a falta de completude no sorriso (estilo um dente pra morder e outro pra doer) e a ligeireza da proposta não seriam impeditvos de conquistar a adesão da moça a seu inusitado convite: soube do seu interesse em casar, vc é uma moça bonita, olhe a gente podia sair um dia desses e comer uma galinha...

Surpresa, mas educada e humana como sempre, Renata teve de explicar sua aversão à canja e a convites apressados. Intrigada com a ousadia raciocinou imediatamente que o velho conhecido não faria tal proposta caso não fosse instigado por alguém. Logo desconfiou de sua querida mãe, sempre na aposta de casar a filha mais uma vez. Ao indagá-la descobriu de pronto e sem meias palavras que a mãe arranjara aquele candidato sem passar por sua consulta. O importante era casar. Sua mãe quisera lhe oferecer só uma canja.Pra facilitar...