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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Vc sabe da última?

Mesmo um tanto constrangida já visitei sites de fofocas. Vergonhoso não, mas confesso. Sei que há um sociólogo que explica que existe uma função social da fofoca, qual seja o de controle moral do comportamento das pessoas.
Se é esta é a função, acho que as páginas de sites e revistas especializadas não nos proporcionam tal prazer sádico,pelo contrário,só nos frustram. Qualquer mergulho raso é um flash na vida das celebridades da última hora. Fulana se vestiu bem, Sicrano se veste mal, Beltrana exibiu seu corpão (esta mesma frase na mesma praia com o mesmo paparazzo e o mesmo silicone em várias revistas; quanto esforço dos pobres redatores e suas mentes em momentos plenos de ebulição criativa). Afinal faz uma diferença crucial em sua vida saber sobre a última separação do melhor último casamento prejudicado pela agenda dos ilustres cônjuges; da última boca mordida pela abelha do botox; do rodízio entre empresários,modelos,atores e atrizes. Sem estas informações essenciais sua vida seria um tédio e perderia todo o sentido.
Confesso não sem horror, que gostaria de emoções mais fortes, os barracos dos bastidores, mais humanidades, saber de conteúdos e contradições da vida alheia. Sei lá, exercer com mais gosto e intensidade a tal da “inveja social” (mais invenção de sociólogo). Será que nesta seara não existem dilemas reais e menos imbecilizados?Acho que o velhor humor politicamente incorreto poderia se superar, evoluindo e substituindo as piadas contra pobres,negros,gays e mulheres e usar o ridículo no glamour destes flashs como rica matéria-prima para boas gargalhadas.
O pior é isso ter audiência e vendas.A receita disso dá certo como mercado poderia muito bem ser explicada pela letra de Renato: Pegue duas medidas de estupidez
Junte trinta e quatro partes de mentira
Coloque tudo numa forma
Untada previamente
Com promessas não cumpridas
Adicione a seguir o ódio e a inveja
Dez colheres cheias de burrice
Mexa tudo e misture bem
E não se esqueça antes de levar ao forno temperar
Com essência de espirito de porco
Duas xícaras de indiferença
e um tablete e meio de preguiça....
Ah! Hoje não dá...

3 comentários:

  1. O pior é saber que isso tem audiência...
    Dos tempos da faculdade eu lembro de várias discussões sobre isso tudo, tanto do lado da comunicação, quanto misturando psicologia e sociologia... E nunca chegávamos a lugar nenhum.
    Por mais críticas feitas no momento, ao final, começava-se a falar alegremente do objeto da discussão...
    Não acompanho, não sinto falta, mas nem mesmo condena quem gosta, embora fique triste, mas o que posso fazer?
    =]

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  2. Vimos os seus cometários em outros blogs e curiosamente viemos até aqui. Adoramos a postagem... Lembramos do blog chamado ''vida após orkut'' ,pois assim como se tem vida após orkut, existe vida após as revistas de fofoca, anteriormente tão vistas por nós que hoje percebemos que podemos viver sem tais futilidades.
    Um abraço, parabéns pelo blog,ele é muito bom!

    Camilla,Naiana e Tamyle,
    (As mesmas)

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  3. Sei não... às vezes eu queria saber que tipo de arte fazem esses artistas que assim se rotulam.
    Até os que são artistas mesmo, eu fico curioso sobre as trajetórias e leituras que eles tiveram. Sempre mostram aquele vizinho de infância lascado que o cara já nem lembra quem é, falando alguma coisa cuja relevância artísticas é nula. Sei não, no meu tempo artista produzia, era vanguarda, carro-chefe das criações da humanidade...
    e hoje? Se é pela aparência, a arte já está feita, corpos esculturais, beleza, bonito. Apolíneo!Agora, quem são esses jornalistas que inventaram de entrevistar essas estátuas de carne e osso pós-modernas?











    ps- Depois eles reclamam das decisões do Supremo...

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