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sábado, 10 de abril de 2010

Aos blogs que sigo
Interessante e estranho ir conhecendo as pessoas pelas suas letras. Na condição de leitora eu vou tentando “formatar” o jeito de ser da pessoa pelo conteúdo e forma como escreve. Reconhecer o dito e o não dito (as famosas entrelinhas), sentir seu estado de espírito, extrair suas humanidades, seu envolvimento ou distância com a temática recorrente ou surpreendente, de repente é um personagem, fruto de uma fértil imaginação. De tudo, a certeza das falhas nas minhas interpretações, livres e por vezes absurdas ou ousadas, mas meras especulações. Na autonomia do escrito, pouco importa meu olhar.
Não tento psicologizar minha leitura, não tenho cacife pra tanto. Mas, em meus limites, gosto de imaginar identidades, captar sentimentos, motivações. Em tempos da “eterna falta do que falar”, tenho me surpreendido com boas dosagens de fruição estética na beleza entre formas e conteúdos. Angústias, alegrias, banalidades refletidas e exposições, sensibilidades atípicas saltam das letras e da minha percepção, nem sempre compatíveis, mas inseparáveis no cenário das palavras.

2 comentários:

  1. Psicologizar as coisas é besta.
    Psicologia diz mais do observador do que do objeto observado.
    Há formas mais interessantes e verossímeis de se conhecer as pessoas e o mundo... Ainda bem que inventaram a poesia, as palavras, as palavrinhas e os palavrões...



    Citei você por aí...

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  2. Nos escritos e nas entrelinhas a gente vai construindo a imagem dos outros, a imagem que temos dos outros.
    Dia desses eu vi um vídeo de uma amiga blogueira de um tempo já de troca saudável de textos e comentários entre os blogs.
    Escutar a voz, ver a pessoa por completo, sensação engraçada pra quem estava acostumado a conhecer por conta apenas das letras...

    Eu tento ir mudando, pra não ficar congelado em uma imagem estática, mas não sei se venho obtendo sucesso, vou tentando...
    =]

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