Pessoas, esperas e caixas eletrônicos
Vc está atrasado, mas tem que pagar aquela conta impreterivelmente e sua única opção é enfrentar uma fila quilométrica. Então tá...Mais do que o tamanho da fila, vc tem que assistir nervosa a relação particular de vários seres com uma máquina. Tem de todo o naipe. Tem o metódico - aquele que confere rigorosamente o saldo, leva um certo tempo pra assimilar o que tem na própria conta, faz um saque e depois cauteloso confere novamente o saldo pra saber o que restou depois do saque. Ainda que atencioso deve ter se ausentado das aulas de matemática: saldo restante= saldo inicial- saque efetuado.
Tem o centro do universo- ele traz desde a conta de luz até o plano veterinário pra pagar na máquina de uma só vez na mesma hora. Tem o inocente que chama alguém para digitar a própria senha. Tem o esperançoso: que não acredita no primeiro saldo e tenta várias vezes para saber se na conta de repente não apareceu algo ou a conta não aumentou. Tem o despercebido que traz cartão da caixa econômica e tentar encaixar a todo custo no caixa do Itaú. Tem o incrédulo: tinha certeza que o dinheiro tava na conta, mas balança a cabeça pq não acredita naquele saldo. Tem o nervoso: chateado com morosidade da máquina, emite chutes contra a coitada. Tem o inconveniente: vc é o próximo da fila e ela aparece grávida ou com mais de 65 anos.
Tem ainda uns que tem cabelo com efeito especial: a máquina rejeita o cartão e ele fica tentando “amolar” o mesmo no cabelo para garantir a operação. Tem o gaiato que está na sua frente, pede uma licença estilo volto já e vai conferir as liquidações das lojas do shopping enquanto vc “guarda” o lugar dele. Tem o apressadinho prestativo que só falta vestir a camisa do banco: Posso lhe ajudar? : ao menor sinal de que vc não manipula bem a máquina ele já tá lá pra te orientar.Tem o envergonhado que só pede ajuda depois que fingiu por um bom tempo saber manipular a maldita máquina.
E tem eu na TPM observando com caras e bocas, as pessoas, caixas e esperas.
Este blog é de uso pessoal de Erlenia Sobral, publicizando seus pequenos escritos cotidianos
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domingo, 20 de março de 2011
sábado, 19 de março de 2011
Por conta de mil atividades, há dias que não passo por aqui. Enquanto tento passear pelos blogs que sigo, Sandra ao tempo que limpa o quarto fala pelos cotovelos e em particular de suas aventuras amorosas. Ela com certeza bebeu água de chocalho como se diz e se fazia no sertão quando a criança tinha dificuldade de falar e soltava o verbo depois de beber a tal da água.As coisas eram mais simples antigamente, hj tenho que pagar uma consulta cara para a fono do meu filho. A maioria dos blogueiros é muito jovem, mas de repente poderiam consultar suas avós e me passar a receita desta tal água de chocalho.
De vez em quando capto algumas falas de Sandra. Acabou de dizer que já na paquera ela avisa logo pro cabra que é braba pro gaiato não se adiantar no serviço. Nem toda mulher é sem-vergonha e tem mulher que não pode ver um homem, vai logo se enxerindo...
Ai, ai...desculpa aí...em particular todas as camaradas que já lutaram pela emancipação feminina...
Vou ali conversar com a Sandra, ela não vai me permitir maiores delongas por aqui.
Ah! Só mais uma coisa: se alguém encontrar a fórmula da água de chocalho, traz tb a contra-fórmula, sei lá, seu antídoto...eu prometo colocar só três gotinhas no café da moça.
De vez em quando capto algumas falas de Sandra. Acabou de dizer que já na paquera ela avisa logo pro cabra que é braba pro gaiato não se adiantar no serviço. Nem toda mulher é sem-vergonha e tem mulher que não pode ver um homem, vai logo se enxerindo...
Ai, ai...desculpa aí...em particular todas as camaradas que já lutaram pela emancipação feminina...
Vou ali conversar com a Sandra, ela não vai me permitir maiores delongas por aqui.
Ah! Só mais uma coisa: se alguém encontrar a fórmula da água de chocalho, traz tb a contra-fórmula, sei lá, seu antídoto...eu prometo colocar só três gotinhas no café da moça.
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