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Esta é machista...

Maria da Lenha...




Sempre ouvimos falar em violência doméstica contra as mulheres, índices de envergonhar, algo que a lei Maria da penha vem corajosamente combatendo, hoje já absorvida e acionada pela população que já a apelidou de lei Maria da lenha...

Mas, Maria da Lenha bem que poderia ser o nome de uma conhecida minha de muitos anos que ficou conhecida no bairro pela opressão que exerce quase diariamente sobre seu companheiro. A vítima é um cara raro, calmo, trabalhador de dupla jornada, simpático com os vizinhos e um marido exemplar tipo exportação, que mesmo após chegar cansado do seu trabalho, amornava água para aquecer carinhosamente os pés de sua amada.

De tanto trabalho, um dia o colega esqueceu de pagar a conta de luz e a nossa rua inteira e adjacências ficou sabendo pelos gritos questionadores de sua suposta incompetência. Esta foi só uma das muitas situações ouvidas pelo bairro.O marido oprimido virou motivo de comentários diversos;para os homens,um motivo de vergonha da espécie;para as mulheres um sonho de consumo e de vingança.Uma vez questionado sobre sua situação,disse para o intrometido que este fosse se preocupar com sua própria vida.

Como sempre foi obediente a sua amada, um dia ele foi embora de casa por ordem da mesma. Mas, vai querer explicar a condição agridoce do amor... Maria da Lenha se arrependeu e num ato inovador na política de segurança pública solicitou da delegacia de mulheres que trouxesse o dito cujo de volta.Surpresa com o ineditismo da proposta, a delegada se comoveu com a história do nosso herói e indicou tratamento para nossa amiga que deveria ser grata ao cavalheiro e disse-lhe que este era um bem precioso que ela possuía.Esta não teve dúvida e conseguiu trazê-lo de volta para o doce lar.

Ele voltou, ainda que aparentemente contrariado, mas em pouco tempo adaptou-se novamente a sua rotina... e parece que pouco ou nada barganhou de sua saída....Mas,somos todos curiosos com a história desses dois personagens da louca e vida real cotidiana.O que explica seu retorno ao lar talvez explique a vontade de Maria da Lenha de querer o amado de volta.



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